A riqueza da civilização humana é evidenciada pela existência de diversos idiomas(sobretudo a língua materna), cuja contextualização em qualquer geografia, radica na sua funçãohistórica para a formação da identidade socio cultural,que se consubstancia na inter relação entre os povos e os Estados.
A proliferação de Entidades Formadoras para atender às necessidades de qualificações da população é cada vez mais notória, mesmo muitas das vezes os meios não justificando o fim da sua criação, o que periga a qualidade da formação e os resultados de aprendizagem dos formandos e que condiciona uma transição bem-sucedida para o mercado de trabalho.
A formação profissional pode fazer a diferença para os indivíduos, as empresas, as comunidades e as sociedades em geral, para isso a formação profissional deve ser encarada como um factor de excelência na valorização do capital humano e das próprias organizações. Daí o facto de a preocupação com a qualidade da formação merecer a atenção especial de todos os formuladores de políticas educativas e formativas, sociais e das empresas, pois a sua operacionalização é em grande medida numa entidade formadora.
E a relevância da formação passa também pela transparência no processo de certificação ou acreditação das entidades formadoras. A certificação das entidades formadoras é um processo sério e crítico e indispensável para qualidade da formação profissional, razão pela qual, deve ser realizada com a participação de outras entidades representativas pelas áreas da Educação, Formação Profissional e Emprego, visando contribuir para a estruturação e qualidade do sistema de formação, pois a transparência requer muitas das vezes o envolvimento das partes interessantes.
O processo de certificação é definido como «os processos múltiplos (e por vezes sobrepostos) de avaliação e verificação das condições necessárias para o exercício da actividade formativa que conduzem à atribuição de um certificado.
Deste modo, o sistema de certificação ou acreditação transparente proporciona garantia de qualidade da formação e do próprio Sistema de Formação Profissional, porque contribui para a confiança das entidades que operam no quadro do sistema de formação profissional e das respectivas actividades formativas. Pois a certificação ou acreditação tem valor nacional e é atribuída por um organismo competente, focada em garantir a qualidade da formação profissional e se responsabilizando pela acreditação das entidades formadoras. Daí faz todo o sentido a institucionalização do Instituto Nacional de Qualificações, criado pelo Decreto Presidencial n.º 208/22, de 23 de Julho, que no âmbito das suas atribuições compete a acreditação e certificação das entidades formadoras.
Esperamos, com o estabelecimento do novo regime de acreditação e certificação de entidades formadoras, especificamente: promover um entendimento comum da acreditação e certificação entre as partes interessadas e envolvê-las nos processos de garantia de qualidade; reforçar a confiança na certificação; assegurar que os avaliadores são competentes e formados; contribuir para a estruturação do sistema de formação profissional e a qualificação dos seus actores; contribuir para a elevação da qualidade e adequação das intervenções formativas; promover as entidades formadoras acreditadas, em função das respectivas competências específicas; apoiar as entidades na melhoria gradual e contínua das suas competências e seus recursos pedagógicos; assegurar a certificação de formadores, avaliadores e verificadores; partilhar a responsabilidade pela garantia da qualidade da certificação a todos os níveis e reforçar a avaliação e a revisão da certificação.
De igual modo, apoiar um entendimento comum dos requisitos de certificação entre as partes interessadas e assegurar que as qualificações (cursos) ministradas são pertinentes e têm valor, através do asseguramento que as entidades certificadas ou acreditadas preenchem os requisitos de qualidade.
Outra oportunidade para o processo de certificação transparente das entidades formadoras, tem a ver com a Política e Estratégia Nacional de Emprego que integram, nos seus paradigmas de implementação, a criação de um Fundo de Emprego com o objectivo de garantir recursos financeiros para promover a inserção dos recém-formados e desempregados no mercado de trabalho. E para quem se encontra numa situação de desemprego e procura uma oportunidade de inserção profissional, investir na formação profissional é, de facto, uma medida activa com efectivo potencial de retorno.
A formação profissional é elemento-chave dos sistemas de aprendizagem ao longo da vida, que visam dotar os cidadãos de conhecimentos, aptidões e competências necessárias em determinadas profissões e no mercado de trabalho.
Para reforçar o investimento na qualificação e empregabilidade dos jovens, como os principais agentes da inovação e da mudança, o Fundo Nacional de Emprego de Angola vai dispor de várias medidas de incentivo referente ao financiamento da formação profissional, incentivo à qualificação e incentivo ao reforço das competências com relevância para as necessidades da economia angolana, assim, a formação profissional pode-se constituir como uma resposta que permite colmatar baixos níveis de produção em resultado de conhecimentos e competências do capital humano insuficientes ou desajustadas. Com o novo regime de acreditação e certificação de entidades formadoras, vai estabelecer um maior rigor e selectividade no acesso e aplicação eficaz dos fundos públicos para apoio à formação profissional.
Nesta era de grandes transformações da sociedade e do trabalho, a evolução do sistema nacional de formação profissional passa também pela estruturação do sistema de formação profissional, no que diz respeito à certificação das entidades formadoras. A avaliação da qualidade centra-se na avaliação e certificação, incluindo os avaliadores, que emitem o certificado e que fornecem a garantia de qualidade externamente às entidades que concedem o certificado.
Isto impacta de tal maneira a formação profissional, porque tem incidência nos elementos de garantia da qualidade do ponto de vista do sistema de formação profissional, através das iniciativas destinadas a promover a harmonização e a garantia da qualidade das estruturas formativas, dos quadros para a selecção e organização de conteúdos, a formação e a qualidade dos formadores, os recursos de ensino e aprendizagem, os sistemas de organização de cursos, os padrões de desempenho dos formandos, a nomenclatura e o quadro de certificação e governação e gestão das instituições.
*Mestre em Economia e docente universitário
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginA ligação mais frequente entre as províncias de Luanda e do Huambo é feita por via da Estrada Nacional (EN) número 120, uma rodovia que cruza as margens Norte e Sul do rio Kwanza e constitui um regalo para quem trafega na referida rota, exposto a inúmeras maravilhas que a paisagem natural proporciona.
A afinidade de Angola com o futebol português transcende o mero entretenimento. Serve como um canal cultural, aproxima as duas nações. Nos povoados mais remotos de Angola, o fervor por clubes como Sporting e Porto é palpável, ecoando as profundas ligações com Portugal – um laço histórico que molda identidades e alimenta aspirações.
Angola registou, recentemente, um caso de poliomielite. Em função disso, iniciou, ontem, uma Campanha Nacional de Vacinação de menores de cinco anos que, em termos concretos, visa dar resposta à ocorrência do referido caso de poliomielite importado de países vizinhos.
Nos tempos que correm, na abordagem sobre a importância da liberdade de imprensa na construção da democracia, é incontornável que se fale e se discuta sobre o papel e o impacto das redes sociais na facilitação do acesso à informação por parte do público. Do mesmo modo que com o surgimento da imprensa, entendida em sentido lato, assistimos a uma maior difusão de ideias, de cultura e de conhecimentos, com o aparecimento das redes sociais a divulgação de factos e acontecimentos ganhou outra dimensão.
Um suposto meteoro iluminou, na noite de sábado (18), os céus de Portugal.
Os governadores provinciais do Cunene, Huíla e Benguela, Gerdina Didalelwa, Nuno Mahapi Dala e Luís Nunes, respectivamente, visitaram, sábado, a VI edição da Feira Agropecuária, que decorre, desde quinta-feira, na cidade das Acácias Rubras.
O director do Museu Nacional de História Natural, Ilunga André, realçou, em Luanda, a importância dos museus como fonte de transmissão de conhecimento e pesquisas na conservação da memória colectiva e promoção da cultura nacional.